Não percebo muito, mas sei que os indices dos oleos (10W40) dizem respeito apenas à viscosidade para temperaturas ambientes frias ou quentes, mas antes de mais hà que saber que óleo utilizar para cada situação, passo a explicar:
Há três tipos de óleo lubrificante automovel: o mineral, o semi-sintético e o sintético. A diferença está nos tipos de base lubrificante usados no fabrico. Estes podem ser produzidas nas refinarias de petróleo (mineral) ou nas unidades químicas (sintética).
A Sociedade dos Engenheiros Automoveis (SAE), é quem classifica o grau de viscosidade dos lubrificantes aceites pelos fabricantes automóveis e pelos próprios fabricantes de óleos. De acordo com a instituição, os óleos lubrificantes são divididos em dois grupos: os de "verão", cuja viscosidade é medida a altas temperaturas (SAE 20, SAE 30, SAE 40, SAE 50 e SAE 60); e os de "inverno" (winter, em inglês), identificados pela letra W, com viscosidade medida a baixas temperaturas (SAE 0W, SAE 5W, SAE 10W, SAE 15W, SAE 20W e SAE 25W).
A utilização de lubrificantes impróprios reduz a vida útil dos componentes, entre outros problemas. O uso de um lubrificante mais fino que o indicado pelo fabricante, por exemplo, forma uma camada incapaz de evitar o atrito das peças. Já o mais grosso exige um esforço maior de energia da bomba de óleo. Ou seja, além de consumir mais combustível, acelera o desgaste dos componentes que ficaram sem película lubrificante naquele período.
Alguns óleos são classificados como multiviscosos por atenderem simultaneamente as duas exigências. São indicados tanto para temperaturas baixas como para altas. O desempenho deles é maior, pois comportam-se como óleos mais "finos" (como os de inverno) no momento de arranque do motor, oferecendo assim boa lubrificação e menor resistência ao movimento das peças quando o conjunto está frio. Um exemplo é o SAE 10W/40 que, em baixas temperaturas, comporta-se como um produto SAE 10W, facilitando o arranque a frio. Em altas, comporta-se como um produto SAE 40, garantindo uma película lubrificante suficientemente espessa para proteção dos componentes.
Comparando um óleo SAE 20W/40 com um SAE 20W/50, pode-se dizer que a baixas temperaturas (ou na partida a frio) eles têm a mesma fluidez, porém a altas temperaturas o óleo SAE 20W/50 forma uma película mais grossa do que um lubrificante SAE 20W/40.
Já as outras letras classificam o lubrificante de acordo com a especificação de desempenho criada pelo Instituto Americano de Petróleo (API), com diferentes quantidades e/ou tipos de aditivos. Para motores a gasolina, o nível de desempenho é identificado pela letra S, de "service station" (postos de serviço, garagem) ou Spark (faísca ou centelha gerada pela vela destes motores); para motores movidos a diesel é usada a letra C, de "commercial oils", ou de "compression", referindo-se à forma de combustão característica desses motores.
Há uma segunda letra que indica o tipo de serviço que o motor é capaz de executar (quantidade de aditivos). A qualidade é classificada por ordem alfabética: SA, SB, SC, SD, SE, SF, SG , SH, SJ e SL. Os lubrificantes SA, SB, SC e SD já são dificeis de encontrar no mercado, pois as tecnologias utilizadas na sua produção tornaram-se ultrapassadas. Quanto mais distante da vogal A estiver a segunda letra, melhor será o desempenho do lubrificante e maior será o número de aditivos existentes nele.
Um bom exemplo é o óleo para motor a gasolina que atende ao nível de desempenho API SL que pode ser usado no lugar de um óleo API SG, pois confere maior proteção ao motor.
Quanto ao facto de o oleo ser mineral ou sintético, o lubrificante é composto por óleos básicos e aditivos e a sua função no motor é lubrificar, evitar o contato entre as superfícies metálicas e arrefecer, independentemente de ser mineral ou sintético.
A diferença está no processo de obtenção dos óleos básicos.
Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos.
Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle no seu fabrico, permitindo a obtenção de vários tipos de cadeias moleculares, com diferentes características físico-químicas e por isso são produtos mais puros e caros.
Os óleos semi-sintéticos ou de base sintética, empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, procurando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização do custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito mais elevado.
Não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos, principalmente de empresas diferentes.Os óleos básicos apresentam naturezas químicas diferentes e a mistura pode comprometer o desempenho do próprio oleo, podendo gerar depósitos.
Além disso, não é economicamente vantajoso, já que o óleo sintético é muito mais caro que o mineral e a mistura dos dois equivale praticamente ao óleo mineral, sendo, portanto, um desperdício.
Uma dica interessante refere-se à troca de óleo mineral por sintético.
É importante trocar o filtro de óleo junto com a primeira carga de sintético assim como esgotar todo o óleo com uma “limpeza” ao motor com o óleo a ser usado.
Embora os lubrificantes sintéticos possuam características de qualidade superiores, a maioria dos fabricantes de veículos ainda não diferencia os períodos de troca, caso se utilize óleos sintéticos ou minerais, no entanto eu para o meu carro só uso sintético.
Outra coisa importante é o prazo de validade, que não são só os kilometros, mas também a idade. Qualquer óleo perde a validade e deve ser trocado ao fim de um ano de estar colocado no motor... situação que já me levou a trocar o óleo após os 1000km que fiz num ano... e não abdico do 10W40 sintético.
Espero não ter criado mais confusão!!
Abraços